sexta-feira, 13 de abril de 2012

Resenha: Estilhaça-me

Título: Estilhaça-me
Autor: Tahere Mafi
Páginas: 304
Editora: Novo Conceito 
ISBN: 9788563219909
Ano: 2012
Nota: 3/5

Sinopse: Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. 

O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. 

Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. 

Ou ser uma guerreira.

Resenha:

Ambientado em uma mundo distópíco, Estilhaça-me é uma história incrível que mistura o caos com o sobrenatural. Faz 264 dias que Juliette está presa, depois de ser acusada de um crime que ela não queria cometer. Seu toque possui um dom letal e o Restabelecimento quer transformá-la em uma arma. As escolhas de Juliette poderão pôr em risco não só a sua vida mas, o destino de todos. 

De todos os lançamentos da editora Novo Conceito, estava mais ansioso para ler Estilhaça-me. Primeiro porque o livro é um sucesso lá fora e constantemente comparado a série Jogos Vorazes. Outro fator que me interessou muito foi o tema distópico, meu gênero preferido. 
O início do livro é meio confuso, com uma narrativa um pouco truncada e poética da protagonista, no entanto, não me cansou, pelo contrário fiquei ávido para saber mais sobre a gravidade da situação de Juliette e seu misterioso poder. 
A narrativa do livro é um dos grandes diferenciais aqui, os capítulos são curtos e a linguagem utilizada pela autora é objetiva o que resulta em uma leitura leve e que flui muito bem. O que chega a cansar um pouco é a utilização constante dos tachados, algo que a personagem quer dizer mas não diz, isso irritou algumas vezes.
Todos os personagens possuem uma personalidade forte e marcante. A protagonista Juliette me conquistou, apesar de ser incompreendida, humilhada e sozinha, mostra que confia no amor e alimenta esperanças de uma vida melhor. Warner faz o estilo vilão canastrão, que me fez torcer e odiá-lo por diversas vezes. Já Adam é uma versão Peeta, nem preciso dizer mais nada. 
Estilhaça-me se revela uma distopia bem interessante, um mundo novo e cruel é revelado. Aos poucos conhecemos o ambiente no qual a história se passa, cinza, é uma cor predominante aqui. Já não existe camada de ozônio, as árvores e os animais estão morrendo, um povo refém do controle, a fome e o medo são alguns elementos que figuram este cenário desolador.
Não diria que fiquei satisfeito com Estilhaça-me, pois, termina na melhor parte e algumas dúvidas ainda não foram esclarecidas. Uma história que traz uma mensagem de que independente do poder que você tenha cabe a você saber como utilizá-lo sem perder a sua essência. E que ninguém nunca poderá tirar uma coisa de você: o amor e a esperança.

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