Título: Delírio
Autor: Lauren Oliver
Páginas: 352
Editora: Intrínseca
Autor: Lauren Oliver
Páginas: 352
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580571646
Ano: 2012
Ano: 2012
Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças.
Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a
realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo
obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos.
Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia.
Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com
tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo
governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca
mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena
tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a
intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela
cidade, existem para proteger as pessoas.
Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado
acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há
como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a
cura?.
As doenças mais perigosas são aquelas que nos fazem pensar que estamos bem.
Provérbio 42, Shhh
O gênero distopia é um dos temas mais discutidos na blogosfera ultimamente. São vários nomes que listam tramas que se passam em um futuro, onde a ordem predomina, e o mais fracos sofrem nas mãos de governos que, segregam a ponto de extrair o sentimento mais forte de todos, o amor. Bem vindo ao universo de Delírio!
Desde que Delirium foi lançado nos EUA criei grandes expectativas devido ao: tema, capa e enredo. Fiquei imaginando como a autora construiu um universo onde amar é uma doença, onde as suas escolhas não pertencem a você, onde as emoções são deixadas de lado dando lugar a razão, somente a razão.
Na trama o amor (amor deliria nervosa) é a doença mais letal de todas, o governo obriga a todos os jovens ao completarem dezoito anos passar pela intervenção, ou seja, eles serão curados do amor. Caso contrário, uma série de doenças cardíacas e mentais surgem, podendo levar a loucura ou até a morte. Lena está ansiosa, pois dentro de noventa dias estará livre do deliria e poderá ter uma vida tranquila e sem riscos. Durante uma avaliação obrigatória na qual antecede a cirurgia, um ataque bem inusitado acontece e Lena conhece um garoto. A partir deste momento sensações que ela nunca ousou sentir começam a acontecer, e fará com que ela questione se a cura é a melhor forma de ser feliz.
Confesso que estou impressionado com a autora Lauren Oliver, apesar de ter criado um universo similar a outros livros, ela consegue criar elementos que trazem uma certa seriedade e até convenção a respeito do temor do amor deliria nervosa. Todo início de cada capítulo inicia-se com algum artigo, cântico ou verso referente a cultura daquele povo, isso foi realmente incrível. A narrativa do livro é carregada de sentimentos, poesia e detalhes, e por ser em primeira pessoa essa interpretação criou algo particular, onde nos sentimos parte de tudo aquilo.
Os personagens do livro são interessantes até certo ponto, no caso de Lena uma garota que já vive em uma sociedade segregada, onde meninos e meninas não estudam juntos, e outras séries de interrupções que ocorrem depois da cura, percebi que há um lado humano, cheio de sentimentos que precisam ser suprimidos. E quando falo do amor não é somente do relacionamento entre casais, mas o familiar, é isso mesmo, expor os seus sentimentos com um simples abraço apertado poderão ser sintomas do deliria, é como se todos fossem robôs, hipnotizados, sem questionamentos e "felizes".
O ritmo do livro no ínicio é bem cansativo, demora para que haja uma ação. E apesar de ser um livro onde o amor é proibido, o foco principal é no romance, um dos aspectos contraditórios da trama, que ganha um empurrão nas últimas 100 páginas. Isso acelera graças ao Alex, que traz a rebeldia e consciência para a trama.
O final do livro foi bem impactante, e fiquei muito ansioso para Pandêmonio. Acho que a autora poderia ter aproveitado muito mais as 300 páginas anteriores que se tornam, ás vezes, repetitivas. Senti falta de um desenvolvimento de ação, porque o livro tinha tudo para isso. Mas ao todo foi um livro que me surpreendeu devido ao mundo que emergimos, e que me fez pensar na história por muito, muito tempo depois que havia terminado de ler.
Confesso que estou impressionado com a autora Lauren Oliver, apesar de ter criado um universo similar a outros livros, ela consegue criar elementos que trazem uma certa seriedade e até convenção a respeito do temor do amor deliria nervosa. Todo início de cada capítulo inicia-se com algum artigo, cântico ou verso referente a cultura daquele povo, isso foi realmente incrível. A narrativa do livro é carregada de sentimentos, poesia e detalhes, e por ser em primeira pessoa essa interpretação criou algo particular, onde nos sentimos parte de tudo aquilo.
Os personagens do livro são interessantes até certo ponto, no caso de Lena uma garota que já vive em uma sociedade segregada, onde meninos e meninas não estudam juntos, e outras séries de interrupções que ocorrem depois da cura, percebi que há um lado humano, cheio de sentimentos que precisam ser suprimidos. E quando falo do amor não é somente do relacionamento entre casais, mas o familiar, é isso mesmo, expor os seus sentimentos com um simples abraço apertado poderão ser sintomas do deliria, é como se todos fossem robôs, hipnotizados, sem questionamentos e "felizes".
O ritmo do livro no ínicio é bem cansativo, demora para que haja uma ação. E apesar de ser um livro onde o amor é proibido, o foco principal é no romance, um dos aspectos contraditórios da trama, que ganha um empurrão nas últimas 100 páginas. Isso acelera graças ao Alex, que traz a rebeldia e consciência para a trama.
O final do livro foi bem impactante, e fiquei muito ansioso para Pandêmonio. Acho que a autora poderia ter aproveitado muito mais as 300 páginas anteriores que se tornam, ás vezes, repetitivas. Senti falta de um desenvolvimento de ação, porque o livro tinha tudo para isso. Mas ao todo foi um livro que me surpreendeu devido ao mundo que emergimos, e que me fez pensar na história por muito, muito tempo depois que havia terminado de ler.