domingo, 23 de setembro de 2012

Resenha: Cinquenta Tons de Cinza

Título: Cinquenta Tons de Cinza
Autora: E L James
Páginas: 455
Editora:Intrinseca
ISBN: 9788580572186
Ano: 2012
Nota: 4/5
Livro:

Sinopse: Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja. 
  


Há um grande problema no mundo literário a respeito de obras que já nascem Best Sellers, ou novo Harry Potter e estampam o primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times. Ou seja, um conjunto de fatores que elevam muito mais o marketing do que a própria história do livro. Foi o que aconteceu com a trilogia erótica Cinquenta Tons, lançada em agosto deste ano no Brasil e com previsão para os três livros da série já para o segundo semestre, com intervalos de um mês e meio, a mistura do romance avassalador entre uma estudante inocente e um milionário sedutor e misterioso só podia resultar no primeiro lugar da lista de mais vendidos da revista Veja desde o lançamento, e ficar invicto até agora.

Essa fórmula de romances eróticos já está pra lá de batida, todos sabem. Mas o que faz de Cinquenta Tons de Cinza tão especial?

Primeiramente gostaria de dizer que nunca li nada sobre romances eróticos, portanto, vou expor a minha impressão sobre o que li. Confesso que fui ler Cinquenta Tons de Cinza com mil tons de desconfiança, já que muitos amaram e outros odiaram. Antes de ler, procurei saber quais os pontos positivos e negativos do livro, se tivesse somente sacanagem, não ia rolar leitura mesmo.

Cinquenta Tons de Cinza me prendeu do começo ao fim. Os motivos que despertaram a minha curiosidade foi o drama retratado pelo protagonista, o jovem milionário Christian Grey. Durante a leitura fiquei criando teorias sobre as suas limitações com relação ao um simples toque, sua criação, seus traumas, e até sua interpretação sobre o que é amar. Grey é um personagem controverso, irritantemente dominador, e admiravelmente honesto e autêntico, deixando claro quais as suas intenções sobre o relacionamento.

Anastacia Steele é uma jovem focada, que busca a sua independência e sucesso profissional. Aparentemente poderia pensar que ela fosse mais uma protagonista totalmente passiva das situações, porém, isso não acontece na maioria das vezes. Gostei desta jovem que me encantou com sua coragem, sua evolução e auto descoberta ao longo da trama. “Faz o tipo de mulher que nem tudo diz amém”. Tanto Steele quanto Grey lutam contra seus próprios medos para encarar alguns bloqueios que, claro, não vou contar, mas que são fundamentais em qualquer relacionamento. O livro aborda um tema bastante polêmico: falar sobre sexo abertamente. Apesar de sermos um país tropical, caliente, e tudo mais ainda há preconceito sobre esse assunto, algo que o livro mostra de forma natural e até reflexiva poderia dizer.

A narrativa da autora vicia, não conseguia largar o livro. Sem poupar os detalhes sórdidos, descreve as várias cenas entre o casal, com direito a sons, posições, e...brinquedinhos. O que mais me irritou durante a leitura foi um quote: “minha Deusa interior” que aparece praticamente em todos os pensamento de Anastacia, isso me fez lembrar um pouco de House of Night.

No fim, Cinquenta Tons de Cinza me conquistou pelo drama e o romance. Diferente do que muita gente acha, é muito mais que sexo, trata-se de cumplicidade, confiança, transparência. Afinal, o que acontece entre quatro paredes ninguém precisa saber. No fim, fiquei intrigado e ansioso pelo próximo, Cinquenta Tons Mais Escuros que promete ainda mais. Se gostei da leitura? Sim. Recomendo para maiores de 18 anos. 
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